27 de fevereiro de 2010

Porto sentido



Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-Joanina
erigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria







24 de fevereiro de 2010

Teia


Em tão visível esconderijo

A aranha
Tece seus segredos
Arma a rede do tempo
E fia seu destino

Ensaio...



No portal da luz,
um caminho novo espera
por quem
procura sair

de um mundo onde a sombra
tenta ofuscar
a luz...

19 de fevereiro de 2010

Cor do amor...


Sai do tormento apaga a dor
Dança bem leve ao som da cor
Nos encaminha na paz do amor que chegou
Mas a primeira emoção
Nasceu da forma da canção mesmo que ingénua
Veio para sempre e ficou
Marcou as nossas vidas
Traçou os passos que seguimos
Que éramos felizes bem sabemos
Escritas em nossas almas tão unidas
Total garantia
Que a emoção tomou conta da vida
E tanto amor…jorrou
Longe o tormento longe a dor
Dançamos hoje a cor do amor
Que a canção trouxe para sempre ficou
Longe o tormento longe a dor
Dançamos hoje a cor do amor
Que a canção trouxe para sempre ficou...

17 de fevereiro de 2010

16 de fevereiro de 2010

Carnaval












Coração sente...




Palavras podem não dizer o que o coração sente ... Mas Fazem sentir o que o coração diz!!!

12 de fevereiro de 2010


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

3 de fevereiro de 2010

Homenagem a Rosa Lobato Faria



Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantiga dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.

Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
a saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.

Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.

Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.

Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.

Rosa Lobato Faria


2 de fevereiro de 2010

Ouro sobre o Douro



Salpicos de sol
Na areia dourada
Sal e maresia
Renda desfiada
Caprichos fugazes
Na areia dourada
Ternura de abraços
Molhados, salgados
Sonhos que vão
Em mar embarcados...

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